quarta-feira, 24 de setembro de 2008

ergástulo eterno


Mergulho a alma no café
Que me abastece e aquece
Ao mesmo tempo que arrefece
Indícios de qualquer fé.
Já que a truculência diária
Me atinge, é sempre assim
Quem sabe eu possa enfim
Torná-la a minha proprietária.
Não tenho mais amigos por perto
A distância tornou-se paradeiro
E eu que me achava aventureiro
Recriei o meu inferno decerto.
Preocupar-me por quê, se tudo é moderno?
Eu só não posso é aceitar
Que isso venha a postular
Tornar meu sonho ergástulo eterno.

Danton Medrado

2 comentários:

Unknown disse...

linda imagem, lindo poema, parabéns

Déia

Anónimo disse...

Obrigado.

Cláudio